Xamanismo e neoxamanismo

A partir de dados construídos em alguns anos de trabalho de campo entre categorias ayahuasqueiros, assim como de um consistente estado da arte, proponho uma esforço de medida a respeito de de algumas modalidades de xamanismo/neoxamanismo no giro do uso ritual das substâncias psicoativas conhecidas como medicinas da barafunda.

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Apresento o Benevolente Daime ( fervor ayahuasqueira brasileira), o xamanismo urbano ( ou neoxamanismo) e o xamanismo tela ( torso linguístico que engloba muitas etnias localizadas especificamente na barafunda amazônica) como modelos de xamanismos ayahuasqueiros, os quais se articulam por meio de de redes de alianças, e organizam circuitos pelos quais circulam pessoas, substâncias, saberes e tradições.

 

Nesse localidade de experiências performáticas e (re) invento de tradições, os agentes depositam no uso ritual das medicinas da barafunda a centralidade de suas cosmogonias.

Um complexo perspectiva de relações caracteriza a divisa entre o Brasil e a Guiana Francesa, guardada pelo rio Oiapoque e habitada por 7000 índios.

Habituados a deslocamentos contínuos para os principais centros urbanos regionais, os povos indígenas do Oiapoque evidencia uma longa história de comunicação com aglomerados populacionais de brasileiros, créoles e Saramaká.

Por conta disso, famílias karipuna, galibi-kali’na, galibi-marworno e palikur habitam a arraial e a município, transitando constantemente entre ambas e favorecendo novos aportes de competências ao xamanismo regional que dinamizam, revitalizam e transformam costumes e ideologias xamânicas em conferência com formas congêneres situadas do outro lado das fronteiras territoriais e / ou simbólicas.

Esse texto procura explicitar etnograficamente este campo de relações e rebater a figura das formas de terçaria que emergem nas fronteiras ( entre sujeitos, costumes rituais, territórios, etc.), propondo reflexionar a respeito de das transformações do xamanismo regional e das novas modalidades que ele vem assumindo.

 

Afinal de contas, o que é xamanismo?

No momento em que entrei em contato pela primeira vez com o termo xamanismo, não sabia o que ele representava, porém maquinalmente associei-o à uma coisa ligado à um Xamã, um eclesiástico, um curandeiro, etc. E é exatamente isto, veja apenas! Considera-se que a palavra Xamã provenha da palavra tungue šamán, um termo da cultura Evenque, burgo do Este da Sibéria, e diz respeito à um praticante espiritual, indivíduo que viaja até o mundo dos espíritos em pró de sua biocenose. [1]

Se analisarmos a estrutura esperteza e comunitário de vários povos durante dos milênios, encontraremos na grande maior parte delas a figurante central de um pessoa que tem o entendimento tradicional desse povo, seus mitos, suas crenças, a comedimento do utilização das ervas medicinais, da conexão com o plano espiritual e com seus progênie, dentre mais aspectos. Estes pessoas são capazes de ser considerados Xamãs de seus povos, respeitados alguns elementos que falarei mais à frente.

Um feito rendoso é que a palavra Xamã é usualmente empregada para constituir os sacerdotes indígenas, porém é fundamental realçar que os sacerdotes índigenas não foram os únicos Xamãs que já passaram pela Terra, ainda que os mesmos tenham sido essenciais para a espalhamento desse conceito. Há pinturas rupestres que indicam a durabilidade de tais pessoas em povos primitivos, como podemos analisar na tingimento datada do tempo paleolítico conhecida como “O Homem Ave ”, encontrada na socavão de Lascaux, no Sul da França, e que acredita-se demonstrar um homem ( ou Xamã hehe) se comunicando com um Bisão.

Como eu disse, os sacerdotes indígenas não foram os únicos Xamãs, porém foram surpreendentemente essenciais para a proliferação desse conceito bem como das costumes envolvidas. Dessa forma, para favorecer a percepção, vamos ver alguns exemplos de Xamãs dentro de determinadas culturas. Obs: prestem atenção em um ponto símbolo que apresenta-se em todos os exemplos:

Na cultura Maori, relativo aos povos indígenas da Nova Zelândia, a estrutura comunitário era dividida em 3 grandes classes: os Rangatiras (chefes), os tūtūā (plebeus) e os Taurekareka (escravos). Dentre os Rangatiras, porém, existia uma sub graduação tragada de Tohunga, no qual seus patas eram considerados experts em qualquer agilidade ou arte, inclusive porém não se limitando às artes espirituais, o contato com o mundo dos espíritos e das forças da classe.

Na estrutura comunitário das tribos aborígenes australianas, a figurante do Xamã é papel central na biocenose. Os xamãs aborígenes são conhecidos pelos australianos como “Medicine Mans” e são considerados o argola de ligamento entre a tribo e o mundo prístino (Dreamtime) e seu Fundador.

O Medicine Man, por meio de de suas viagens ao Dreamtime (O Mundo dos Sonhos), preserva oh a conexão com os progênie, a vigor crucial e tradicional da tribo. Sem ele, a vida na tribo é improvável, em razão de na cultura aborígene não há vida sem essa conexão.

No Brasil, um malogro de Xamã é o estirpe ’é ( pajé ) das tribos Tupi e Guarani. É ele quem detém o quantidade de se comunicar com os espíritos da barafunda, dos animais e dos progênie. Por meio de do óbolo de tais espíritos, o Pajé pode recuperar doenças, dispensar-se maus espíritos e ser o argola de conexão com os deuses.

Podemos usar exemplos de outras inúmeras culturas, porém acredito que conseguimos sumariar o que um Xamã representa. Agora, lhes faço uma dúvida: vocês conseguiram reparar o ponto símbolo que citei? Precisamente! Todos os exemplos continham um mesmo coeficiente em comum: a comunicação com os espíritos.

Legal, e o que tudo isto possui a analisar com o Xamanismo?

Pegue tudo isto que dissemos sobre os xamãs e você entenderá o que é xamanismo!

Para não ficarmos no claro de uma manifestação, podemos supervisionar o xamanismo como um conjunto de costumes realizadas por povos de distintos épocas e localidades com o propósito essencial de se conectarem com o Mundo do Espíritos ( ou Plano Espiritual).

Aí você me dúvida: “Tá, entendi. Porém de acordo com essa manifestação, por isso uma ato litúrgico católica é xamanismo? Um culto caritativo é xamanismo?”.

E aí eu te diria: “ Bom ponto, caro Curumim!”. Na verdade, nessa manifestação ficou faltando um ponto vital que difere o xamanismo de outras costumes espiritualistas. É a maneira como essa conexão é realizada. E essa maneira é tragada de transe ou Estado Modificado de Percepção.